Quantas vezes já não vimos o
estadista vestir a farda sem nunca haver posto os pés em um campo de batalha,
ao se direcionar as cerimônias de honrarias sem poupar medalhas dependuradas. Mas
quando brame canções de amor a pátria... ele louva uma terra já invadida e
conquistada. E os homens que morreram na batalha, tantas vezes sem saber porque,
outras tantas, sonhando com uma terra livre? São destes homens que procuro a
fala, onde estejam agora seus amigos. Na pescaria de uma tarde alva e o corpo
moreno balançando na jangada. No testemunho de uma crioula velha que me roube a
ingenuidade e me retenha no mistério dos povos que me habitam.
Para mim chega de recomeços! Reatar
e reatar... aquilo que nunca foi desatado. O laço com o verdadeiro inimigo
continua como sempre intacto. Afinal há que se questionar quem é o inimigo... aquele
que na batalha é o exército adversário ou aquele que usurpa a guerra e a farda,
aquele que ordena e floreia, posicionando-se no palanque com a vestimenta e as
medalhas, muito limpo, são e nutrido? Há que se indagar ainda: que espécie se
alia ao próprio inimigo ou que espécie se pensa amiga ao ocupar o segundo caso.
Reatar e reatar, aquilo que nunca
foi desatado, é exaurir-se diante da mais sutil e dura batalha, aquela que se
trava com este inimigo tão próximo, tão dócil e adorável.
Colé careca!
ResponderExcluirVê se pára de fingir que é doidinha e toma jeito nessa sua vida, sua burguesinha de nada!
Tá achando que o mundo gira em torno dessa vidinha que você criou em torno de si?
rs... quem não é o centro da sua própria vida?
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