No fundo de mim. Lá do outro lado do oceano. No centro da
terra. Fora da galáxia. No abismo oceânico. Na impermanência de tudo. No fundo
de mim, no fundo.
Onde nada é... e tudo está.
Por onde atravessam as gaivotas, os desertos, os sete mares, as
músicas, as metrópoles, as fazendas, as disputas, as guerras, as famílias, as
religiões, onde atravessam as moscas, as mariposas, fantasmas. Tudo atravessa,
tudo passa. Eu permaneço.
No fundo de mim, no fundo.
Onde tão pouco, onde quase nada.
Eu permaneço.